CD-ROM e Kit Multimídia
Softwares e equipamentos mais baratos transformam a tecnologia em realidade e permitem que empresas e usuários criem suas próprias aplicações com som, imagem e vídeo.
Quando começou a marcar presença nas feiras internacionais de informática, no final dos 80 anos, a multimídia foi rotulada de "solução em busca de um problema". A tecnologia perdeu ar de ficção científica e assumiu um caráter de realidade inevitável para o mercado. As especificações de uma máquina multimídia apresentam como figuração básica um 386SX, com 2Mb de RAM, 30Mb de disco rígido, driver de CD-ROM com taxa de transferência de 150Kb/s e 1 segundo de tempo de acesso.
A interatividade é fundamental e significa principalmente a liberdade de consultar as mesmas informações de acordo com o seu jeito próprio de pensar. O termo multimídia refere-se a uma informação que será passada por diversos canais de comunicação, seja ele por imagem de vídeo (fotos ou figuras), por som digital ou por textos, tudo usando a lógica, e tudo isso quase ao mesmo tempo. Tendo isso como princípio, são várias as possibilidades das aplicações multimídia:
- Jogos.
- Aplicativos educativos.
- Enciclopédias.
Aplicativos de demonstração para palestras, entre outros.
1.1.1 CD-ROM
O aparelho de CD se tornou um padrão mundial de gravações, pois os discos, além de serem portáteis e oferecerem uma excelente resistência física, apresentam sons de alta qualidade, sem ruído.
O aparelho de CD lê a superfície da mídia de CD através de um feixe ótico (laser), o que permite que informações sejam gravadas muito próximas uma das outras.
Como um CD trabalha com dados digitais, o mesmo serve para o armazenamento de informações utilizadas por computadores. O CD de áudio armazena até 74 minutos, trabalha com uma taxa de amostragem de 44.100 Hz, números de 16 bits e em estéreo, conseguindo uma capacidade máxima de 650 Mb. O CD de áudio passou a ser conhecido como CD-DA e o CD de dados de computador passou a ser conhecido como CD-ROM (Compact Disk - Read - Only Memory).
Existem ainda outros tipos de CD que são cada vez mais facilmente encontrados, todos com o mesmo tamanho de um CD convencional: CD-R, CD-RW e o DVD.
· CD-R CD-Recordable. Através de um gravador deste,
· você pode gravar os seus próprios CDs, com um CD-R ainda não usado. O resultado pode ser lido tanto em aparelhos de áudio, quanto em unidades de CD-ROM. Esses discos só podem ser gravados uma vez, não aceitando regravações.
· CD-RW CD-Read and Write. Este CD permite a regravação, graças ao material da mídia CD-RW, que é fotossensível e altera suas propriedades de acordo com a incidência do laser. A gravação de CDs-RW só pode ser feita através de unidades de CD-RW, já a leitura depende da unidade que deve possuir um circuito de controle de ganho.
· DVD Digital Versatile Disk. Há vários padrões
· de DVD, os mais comuns são o DVD-5, que consegue armazenar até 4,7 Gb de dados e o DVD-9 que pode armazenar até 9 Gb de dados. Os discos DVD só podem ser lidos por unidades DVD, ou então por aparelhos DVD. Já as unidades de DVD conseguem ler qualquer tipo de CD. Os vídeos gravados dentro do DVD são compactados, em alguns casos, quando se adquire um kit, junto com a unidade de DVD vem uma placa decodificadora para que os dados possam ser descompactados e lidos via hardware, sendo uma opção interessante para computadores mais antigos, assim os vídeos não irão apresentar quebra de quadros e nenhuma perda de qualidade.
· DVD-RW DVD Read and Write. Com a evolução, as gravadoras de DVD passaram a ficar cada vez mais acessíveis, assim, hoje em dia, não é difícil encontrar usuários fazendo filmes caseiros e backups em mídia de DVD. Existem vários formatos também, entre eles o DVD+R, DVD-R, DVD+RW, DVD-RW e DVD-RAM, onde deve-se verificar qual o padrão que a gravadora aceita antes de comprar a mídia a ser usada.
HD DVD e Blu-Ray - Sucessores do DVD
O HD DVD e o Blu-Ray são duas tecnologias de armazenamento óptico que brigam pela sucessão do DVD.
O HD DVD foi criado pela Toshiba e recentemente recebeu o apoio da Microsoft, HP e Intel, já o Blu-Ray foi desenvolvido em fevereiro de 2002 por um consórcio de empresas que incluem a Apple, Dell, Hitachi, HP, JVC, LG, Mitsubishi, Panasonic, Pioneer, Philips, Samsung, Sharp, Sony, TDK e Thomson com o intuito de ser a sucessora do DVD.
Tanto o HD DVD quanto o Blu-Ray possuem o mesmo tamanho físico dos discos de DVD (e CDs), 12 cm de diâmetro, o que diferencia as duas tecnologias do DVD é a utilização de um laser azul-violeta usado para ler e gravar dados nos discos. Este laser tem um comprimento dç onda menor do que o laser vermelho usado pelos aparelhos de DVD, o que permite uma maior densidade de gravação.
O conteúdo gravado em um disco HD DVD ou Blu-Ray (o mesmo ocorre com CD e DVD) são organizados em uma trilha em forma de espiral que começa do centro e se desenrola até a borda do disco. Quanto menor a distância entre as trilhas da espiral, mais dados podem ser armazenados no disco. Nos discos Blu-Ray a distância entre as trilhas da espiral é menor em relação aos discos HD DVD, medindo 0,32 |im contra 0,40 jim nos discos HD DVD.
No disco Blu-Ray cada pit (sulco) mede 0,13 (im, nos discos HD DVD cada pit mede 0,20 |im. O porquê dos pits do HD DVD serem maiores que do Blu-Ray está na distância entre a camada de gravação e a camada protetora, nos HD DVD a distância é de 0,6 mm, a mesma do DVD, já no Blu-Ray essa distância é 0,1 mm o que permite uma maior densidade de gravação. O problema de ter uma distância tão pequena é que a camada protetora fica muito sensível, necessitando que o manuseio do disco seja feito com muito mais cuidado. Alguns Blu-Ray vêm acondicionados em cartuchos para se evitar ao máximo o dano físico. Nos discos HD DVD estes cuidados extremos já são dispensados, pois a camada de gravação não está tão próxima da camada protetora.
Os discos Blu-Ray de camada única permitem a gravação de até 25 GB e de dupla camada até 54 GB de gravação, enquanto que o mesmo disco na tecnologia HD DVD permite a gravação de apenas 15 GB em camada única e 30 GB em camada dupla.
Quem irá ser o sucessor do DVD fica difícil dizer, pois de um lado temos o Blu-Ray com a maior capacidade de armazenamento, mas com um custo ainda alto e do outro temos o HD DVD com um pouco menos de capacidade de armazenamento mas com um custo bem mais barato. Por enquanto o DVD continua dando conta do recado, talvez daqui algum tempo com uma queda maior nos preços das TVs de alta definição esta briga seja definida.
Kit Multimídia
A multimída é uma nova palavra introduzida em nosso vocabulário. Ela expressa a união de várias informações, vídeo, som e gráficos tridimensionais.
O kit multimídia na verdade é um pacote com vários componentes: CD-KOM, placa de som, cabo de áudio, cabo flat, microfone (opcional), caixas de som e diversos programas em CD-ROM.
Placas de Som
Há duas características básicas que podem ser utilizadas para classificar uma placa de som: o tipo de áudio digital e o tipo de sintetizador embutido.
A primeira placa de som a ter sucesso comercial foi a Sound Blaster (da Creative Labs), que é considerada padrão de mercado. Além dos circuitos responsáveis pelo áudio digital e do sintetizador, temos as seguintes características:
· Duas entradas: Uma é a Line In, que pode ser utilizada para, a conexão de um aparelho de som para a captura de sons provenientes dele. A outra entrada é para o microfone, Mie In.
· Duas saídas: Uma saída de linha, Line Out, para a conexão a um amplificador externo. A outra saída é para um pequeno par de caixas acústicas ou fones de ouvido.
· Interface MIDI: Interface para instrumentos musicais digitais e conector para joystick. Por ocuparem o mesmo conector, é necessário adquirir um cabo especial para a conexão de instumentos MIDI, que também possui saída para o joystick.
· Entrada do áudio de CD-ROM: Nessa entrada conectamos a saída de áudio da unidade de CD-ROM, através de um cabo que acompanha a unidade. Com isso, conseguimos executar CDs de áudio através de caixas acústicas que forem conectadas à placa de som.
Apesar de não ser a mais moderna nos dias atuais, a placa de som Sound Blaster 128 Live! representa o primeiro padrão PCI que a Creative Labs desenvolveu para suas placas de som. O desempenho é muito superior por empregar o barramento PCI (33MHz), ao invés do barramento ISA (8MHz), o que possibilita menor tempo de atraso e menor consumo do processador principal da máquina.
Nos padrões atuais de som em microcomputadores, dê preferência para placas de som que reproduzam pelo menos com a qualidade de 16 bits a 44Khz, porém, até os modelos de som on-board já reproduzem 18 bits a 48Khz. No caso da área profissional, não abra mão da qualidade de 24 bits a 96Khz, atingido pela Sound Blaster Audigy 2, por exemplo.
O padrão Sound Blaster se fixou no mercado para jogos em DOS, para os dias atuais é necessário verificar outros padrões, principalmente se a plataforma de uso for Windows.
· Direct Sound O requisito mínimo para se jogar no sistema Windows, seja 9x até o atual Windows XP.
· Direct Sound 3D - No caso de reprodução em mais de duas caixas de som ou emulação de sons tridimensionais em apenas duas caixas, esse padrão é o mínimo necessário. Existem placas de som que emulam o 3D via software e outras que possibilitam a sua execução via hardware, o que significa um maior desempenho sem sobrecarregar o processador principal da máquina.
· EAX, EAX 2 Padrão criado pela Creative Labs, o EAX possibilita a execução de mais efeitos de som em tempo real para jogos, dando uma maior interatividade e reação dos efeitos sonoros sem comprometer a performance de execução.
· Aureal Formato já não é mais considerado o padrão, porém, pode ser emulado pelo Direct Sound 3D. Se a sua placa de som pode executar os recursos do padrão Aureal via hardware, sem emulação, já se obtém um ganho de qualidade considerável para jogos que utilizem o recurso.
Os periféricos do micro receberam padrões que foram gradativamente adotados por diversos fabricantes, entre eles, o padrão de cores AC'97 hoje o mais aceito para facilitar as conexões externas de teclado, mouse, vídeo e som. No caso dos conectores de áudio, é seguido o seguinte esquema:
- · Verde claro: saída principal de som (line out ou speaker out);
- · Azul claro: entrada principal de som (line in);
- · Rosa claro: entrada de microfone (mie in);
- · Preto: saída secundária de som (rear speakers);
- · Amarelo claro: conector digital.
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